terça-feira, 24 de maio de 2011

Faz alguns anos que venho tentando entender porque me sinto tão diferente. Quando criança existia uma inquietação interna, uma menina cheia de idéias, sem limites, que tentava encontrar uma solução pra tudo, vista por uns como uma promessa, por outros uma chata, afobada, mal educada, que vivia sem paciência e que queria as coisas na hora. Ao mesmo tempo conseguia ser amiga, lutadora, cheia de projetos e muito, mais muito sonhadora. Minha mãe sempre reclamava que se esforçava o máximo pra me dar o melhor e eu queria fazer tudo ao mesmo tempo, me empolgava com as novidades, queria encher minha mente com o máximo de informações possível, ser inteligência, não deixar o tempo passar, mas depois de tanta adrenalina, vinha a abstinência, que me causava sofrimento, porque ficava desmotivada por qualquer motivo e sempre desviava a atenção e motivação pra aquilo que iniciava. E isso me dava uma angustia de fracasso, porque aparentemente sabia tudo, mas no fundo não sabia nada, porque em algum momento estava sonhando e deixava de focar o que realmente deveria aprender naquilo que estava fazendo ou tentando aprender. Isso causava uma confusão mental enorme, um desconforto emocional, sensação de fracasso,  baixa auto-estima e autoconfiança, sentimento de humilhação, instabilidade, descrença  e pena de mim mesma, causando vários conflitos de relacionamento e comportamentais.

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